Chegou finalmente o dia em que
vou ver o Benfica numa final europeia! Nas finais de 1988 e 1990 já era
benfiquista, mas ainda muito novo para saber o que era futebol. Tem um
significado muito especial poder finalmente ver o meu clube no meio dos
melhores, a jogar jogos que decidem títulos e que realmente fazem a história do
clube.
A chegada a esta final representa
o que de muito bom tem vindo a ser feito no Benfica nos últimos anos. Todo o
trabalho de recuperação financeira (numa
primeira fase, com mérito de Manuel Vilarinho e Luís Filipe Vieira) e desportiva (numa segunda fase, aqui
com mais mérito de Jorge Jesus, ainda que com as condições disponibilizadas
pelo presidente) está à vista de todos. Os resultados estão à vista, embora
falte ainda o pormenor que fica para a eternidade: os títulos. No entanto, a
forma como as coisas têm vindo a ser feitas, de forma sustentada e gradual,
fazem-me crer que estão reunidas as condições para que esta evolução tenha
continuidade.
Há quem defenda que já são muitos anos de “quase” e que isso não chega, que tantos anos de recuperação e evolução deveriam ter-se materializado em mais títulos. Na minha opinião houve erros que nos tiraram alguns títulos que tiveram ao nosso alcance nestes últimos anos (nacionais e internacionais), mas quem errou também nos fez evoluir duma forma contínua, duma forma que nos faz olhar para o futuro com uma grande convicção que as coisas vão continuar a melhorar e que já só faltam pormenores para que os títulos comecem a aparecer mais assiduamente!
A nível interno, aos poucos e
poucos temos vindo a enfraquecer o poder desportivo instalado em Portugal. O
nosso grande rival já não se passeia nem no futebol português, nem mesmo nas
modalidades. Aliás, está a enfraquecer bastantes as modalidades para conseguir
elevar o nível do futebol à fasquia que nós estamos a impor. Há que ter
consciência que estamos a lutar contra uma equipa e uma estrutura muito
competente e oleada, desde há muitos anos. Isso não é fácil de bater por si só.
Mas já estamos lá muito perto. Tão perto ao ponto de ter que ser o factor sorte
a resolver as coisas num confronto directo.
A nível europeu, entraremos na
próxima época como 6ª melhor equipa do ranking. Um ranking baseado nas
prestações dos últimos 4 anos nas provas da Uefa. Este facto fala por si.
Estamos lá perto, muito perto. A competência está consolidada. Agora falta
aquela parte em que o factor “futebol” decide. Falta ter a sorte do nosso lado
para que todo o trabalho possa ficar eternizado com finais e títulos.
Em relação ao jogo de amanhã
tenho esperança obviamente! Sendo uma final tudo pode acontecer (por alguma
razão os clichés são criados), e penso que para as coisas acontecerem a nosso
favor a estratégia deveria passar pela que utilizámos no passado sábado.
A meu ver o Chelsea é uma equipa
que prefere jogar em contra ataque, que gosta de esperar pelo adversário e
depois chegar rápido à área adversária quando tem a bola. Penso que para
contrariar isso deveríamos conceder a iniciativa de jogo ao Chelsea numa
primeira fase do jogo, obrigando-os a ficar desconfortáveis com posse bola a
que não estão habituados. Para isso começaria o jogo apenas com um avançado e
com o meio campo mais povoado (Matic-Enzo-Nico), para tentar garantir que a
posse consentida não nos causaria problemas. Os momentos de recuperação de bola
seriam para aplicar uma das nossa melhores armas: o contra ataque.
Numa fase mais avançada do jogo,
se fosse necessário jogar o jogo pelo jogo e arriscar, faria entrar o 2º
avançado e tentava partir para cima do adversário com o nosso tiki-taka em
excesso de velocidade.
Resta-nos esperar para ver como correm as coisas.
Sendo que estamos a falar de futebol, mesmo que Jorge Jesus adopte esta
estratégia, pode correr tudo de forma contrária ao previsto. Mas há que
acreditar sem dúvida! Temos muitas armas para conseguir trazer a Taça para o
Museu!
EU ACREDITO!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário