19/10/2012

Missão (bem) cumprida

Bom jogo do Benfica ontem. Deviam correr assim todos os jogos deste género (leia-se contra equipas teorica e claramente mais fracas sem argumentos para nos fazer frente). Deu para rodar a equipa, dar minutos ao menos utilizados, e mesmo assim manter um nível de jogo bastante elevado, com boas jogadas ao primeiro toque e muitas oportunidades.
Gostei que Jorge Jesus tenha apostado nos menos utilizados sem problemas, mas espero que continue com esta atitude nos jogos mais fáceis daqui para a frente. Porém, como um dos maiores erros que lhe aponto desde que chegou ao Benfica foi o de massacrar sempre os mesmos 12/13 jogadores, não estou seguro disso.
Exactamente por não estar seguro disso – e também porque o adversário mostrou não ter, de facto, o mínimo argumento para lutar contra nós – não quero tirar grandes conclusões do jogo de ontem. Digamos que tirei apenas umas notas positivas em relação ao treinador e jogadores, que gostaria que se confirmassem com o decorrer da época.

Começando por Jorge Jesus, e sabendo que falar depois do jogo acabar e do resultado feito é sempre mais fácil, acho que fez um óptimo balanço entre os titulares e os menos utilizados. Não deixou a equipa perder identidade, rotinas e cadência ofensiva, ao mesmo tempo que deu minutos e entrosamento aos laterais suplentes, a um central ressuscitado (será desta que Sidnei vai querer alguma coisa com o desporto a nível profissional?) e a um (bom) guarda-redes que esperou 14 anos para cumprir um sonho. Concordo com o Gonçalo no comentário ao post anterior quando diz que o Paulo Lopes é o protótipo de guarda-redes suplente ideal: cumpre, não levanta ondas e é formado no clube.
Deu ainda para dar a Jardel um papel de líder na defesa, que o faz crescer, e minutos aos recuperados Carlos Martins e Cardozo.
Foi também lançado o miúdo André Gomes em jogos oficiais. Do que vi gostei moderadamente. Para já a opinião com que fiquei é que pode dar jeito no futuro. Tem uns bons pés aliados a uma estampa física para se aguentar naquela zona do terreno. E não tem medo de ter a bola nos pés. Pode ser um bom jogador de equipa, mas não me pareceu que venha a ser um craque de nível mundial. Mas o que vi foi pouco claro, por isso espero estar enganado. Mas mesmo que não esteja e ele venha apenas a ser um bom jogador de equipa isso não é necessariamente mau.
Lima e Cardozo voltaram a fazer o gosto ao pé, e Rodrigo só não fez porque falhou uma oportunidade clara. É bom ver que há intenções de retirar o máximo de cada um dos nossos 3 matadores.
Só estranhei que o Ola John não tenha sido utilizado (não sei se estava lesionado ou não), teria sido um bom jogo para ele. Com bastante espaço e defesas lentos.
Por fim, espero que o Matic se aguente todos os jogos até à reabertura de mercado. É um óptimo jogador, mas para aquela posição precisamos de pelo menos uma opção directa e credível (André Almeida ainda não pode ser trinco ao mais alto nível, se é que alguma vez poderá). No modelo em que o Benfica joga o trinco tem que fazer muitas faltas e leva muitos cartões. Já para não falar no cansaço e lesões.
Mas como disse no início do post isto é tudo muito monito se for para continuar em jogos mais fáceis. Se daqui para a frente se massacrar sempre os mesmos isto não valeu de nada.

Em relação ao Freamunde, foi a primeira vez que vi o Bock jogar e gostei do que vi. Só tenho pena que nunca tenha jogado em equipas que os jogos dessem na televisão. Tem qualidade (e golos) para isso. O João Tomás aos 38 ainda faz o gosto ao pé na Primeira Liga...

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